GRAU ZERO (2017)

A dança na sua organização de fala, não existe para ser entendida, no sentido de um senso comum desse termo, mas sim trabalhada pela percepção na colecção de ideias, que arranjou um modo de se organizar no corpo. As escolhas no processo destas linguagens do corpo vão se formando nas diferentes formulações. É preciso disponibilidade para acolhimento de informações estranhas para que transitem pelo corpo e possam ganhar existência ou não, não querendo com isto dizer que se descarte a informação já existente. Opera-se um modo de fazer próprio onde o corpo experimenta e testa as informações. O trabalho sobre o corpo que pretendo apresentar é o meu próprio corpo em reflexão crítica: um corpo muitas vezes transformado em poesia, enquanto espaço de desequilíbrios e de excesso de sentido!

Elisabete Magalhães

ESMAE, Porto 2017